Aprendendo a Verdade nas Quatro Direções
Algumas tradições chamam o processo de desenvolvimento e crescimento espiritual dos seres humanos e o aprendizado e assimilação de novas qualidades pelas pessoas como o estágio da vida no qual se está "aprendendo a verdade". Para "aprender a verdade", a pessoa precisa estar envolvida neste processo em todos os quatro aspectos da sua natureza e que estão refletidos nas energias das Quatro Direções da Roda de Medicina, esta ancestral e poderosa representação do Universo, presente em tantas tradições que já faz parte do inconsciente coletivo da humanidade.
Algumas tradições chamam o processo de desenvolvimento e crescimento espiritual dos seres humanos e o aprendizado e assimilação de novas qualidades pelas pessoas como o estágio da vida no qual se está "aprendendo a verdade". Para "aprender a verdade", a pessoa precisa estar envolvida neste processo em todos os quatro aspectos da sua natureza e que estão refletidos nas energias das Quatro Direções da Roda de Medicina, esta ancestral e poderosa representação do Universo, presente em tantas tradições que já faz parte do inconsciente coletivo da humanidade.
Sul
Diz a tradição ser por esta porta, que simboliza a vida física, o ponto do nascimento, que entramos na Roda de Medicina. Aí está sentado o Avô Lobo (mais pode ser também o Coiote, o Rato, o Porco Espinho ou a Tartaruga). Terra é o elemento desta Direção que abriga as criaturas de quatro pernas. O instrumento ligado a este ponto é o tambor (o coração da Mãe Terra), e a estação, a Primavera. As cores que representam mais comumente esta Direção são o branco ou vermelho. No entanto, na visão de Alce Negro, um dos maiores xamãs Sioux Oglala e guardião do Cachimbo Sagrado, o Sul é amarelo.
No Sul, encontramos a fé necessária para trazermos a alegria e a brincadeira à nossa vida. Este é o ponto da criança interior, da força para a superação dos obstáculos, a inocência e a confiança. Aqui aprendemos a lidar com o Sagrado, mas de uma forma irreverente e leve, que não significa desrespeito, mas sim falta de temor. O Sul nos conecta com a nossa criança e com a pureza da infância que pode ver beleza em cada uma das coisas mais simples deste mundo — como o nascer ou o pôr-do-sol a cada dia. Um ato que se repete, mas que nem por isto perde a sua beleza, o seu encanto e força inspiradora.
Nesta Direção ainda estão as energias da purificação, entrega, troca e mudança, proteção, auto-suficiência, verdade e ressurreição. Ir a este ponto da Roda de Medicina é procurar a proteção da criança interior e ajuda para manter a humildade, a confiança, a fé e a inocência em equilíbrio na personalidade.
Os adultos invariavelmente se esquecem de dar acesso à maravilha e beleza da vida aos seus corações e com isso deixam que energias negativas, como o medo e os temores, sentimentos que quebram a consciência da nossa união com o Todo, os penetrem. Assim, perdem a auto-estima e eliminam a criatividade, desviando o seu foco para coisas pequeninas e não para a verdadeira razão de ser da Vida.
Na Sagrada Visão de Alce Negro, o Sul foi o Quarto Poder que lhe apareceu (na forma de um Cavalo amarelo) e lhe disse que uma árvore nasceria no centro da tribo. Então, um círculo amarelo lhe apareceu, simbolizando, nesta cor, crescimento e cura física, e neste círculo, a unidade de todas as coisas. O Sul traz, ainda, força, vigor, poder, abrigo e proteção.
Esta Visão do Sagrado Homem Sioux Oglala foi interpretada como a necessidade de o povo indígena retomar suas velhas cerimônias e rituais, como a Dança do Sol. Neste ritual, uma árvore é plantada no centro da aldeia — onde é feito um grande círculo — e dela saem as cordas às quais são presos os espetos fincados nos peitos dos guerreiros. Por quatro dias eles dançam e cantam, honrando as Quatro Direções e a Sagrada Árvore da Vida, enquanto os espectadores oram juntos para que as intenções e propósitos dos dançarinos sejam abençoados pelo Grande Espírito.
A Árvore centraliza as orações e as canaliza para o Criador, neste ritual de ação de graças e também de agradecimento à Mulher Novilha de Búfalo Branco — a Mulher Sagrada que simboliza a pureza e a renovação e foi quem trouxe para os Lakota os dons (os sete rituais) e ensinamentos do Cachimbo Sagrado.
O ritual da Dança do Sol estava sendo esquecido (fora proibido pelo governo em 1890) e o povo se enfraquecia. Com o retorno à sua prática, nos últimos anos, começou a se devolver, novamente, o espírito do povo indígena. O seu objetivo é permitir que os guerreiros possam partilhar o seu sangue com a Mãe Terra.
No Sul, encontramos a fé necessária para trazermos a alegria e a brincadeira à nossa vida. Este é o ponto da criança interior, da força para a superação dos obstáculos, a inocência e a confiança. Aqui aprendemos a lidar com o Sagrado, mas de uma forma irreverente e leve, que não significa desrespeito, mas sim falta de temor. O Sul nos conecta com a nossa criança e com a pureza da infância que pode ver beleza em cada uma das coisas mais simples deste mundo — como o nascer ou o pôr-do-sol a cada dia. Um ato que se repete, mas que nem por isto perde a sua beleza, o seu encanto e força inspiradora.
Nesta Direção ainda estão as energias da purificação, entrega, troca e mudança, proteção, auto-suficiência, verdade e ressurreição. Ir a este ponto da Roda de Medicina é procurar a proteção da criança interior e ajuda para manter a humildade, a confiança, a fé e a inocência em equilíbrio na personalidade.
Os adultos invariavelmente se esquecem de dar acesso à maravilha e beleza da vida aos seus corações e com isso deixam que energias negativas, como o medo e os temores, sentimentos que quebram a consciência da nossa união com o Todo, os penetrem. Assim, perdem a auto-estima e eliminam a criatividade, desviando o seu foco para coisas pequeninas e não para a verdadeira razão de ser da Vida.
Na Sagrada Visão de Alce Negro, o Sul foi o Quarto Poder que lhe apareceu (na forma de um Cavalo amarelo) e lhe disse que uma árvore nasceria no centro da tribo. Então, um círculo amarelo lhe apareceu, simbolizando, nesta cor, crescimento e cura física, e neste círculo, a unidade de todas as coisas. O Sul traz, ainda, força, vigor, poder, abrigo e proteção.
Esta Visão do Sagrado Homem Sioux Oglala foi interpretada como a necessidade de o povo indígena retomar suas velhas cerimônias e rituais, como a Dança do Sol. Neste ritual, uma árvore é plantada no centro da aldeia — onde é feito um grande círculo — e dela saem as cordas às quais são presos os espetos fincados nos peitos dos guerreiros. Por quatro dias eles dançam e cantam, honrando as Quatro Direções e a Sagrada Árvore da Vida, enquanto os espectadores oram juntos para que as intenções e propósitos dos dançarinos sejam abençoados pelo Grande Espírito.
A Árvore centraliza as orações e as canaliza para o Criador, neste ritual de ação de graças e também de agradecimento à Mulher Novilha de Búfalo Branco — a Mulher Sagrada que simboliza a pureza e a renovação e foi quem trouxe para os Lakota os dons (os sete rituais) e ensinamentos do Cachimbo Sagrado.
O ritual da Dança do Sol estava sendo esquecido (fora proibido pelo governo em 1890) e o povo se enfraquecia. Com o retorno à sua prática, nos últimos anos, começou a se devolver, novamente, o espírito do povo indígena. O seu objetivo é permitir que os guerreiros possam partilhar o seu sangue com a Mãe Terra.
Oeste
Depois de brincarmos com a nossa criança interior e (re)descobrirmos a força para a superação dos obstáculos no Sul, é no Oeste que encontramos a coragem, nos renovamos interiormente e buscamos nossas metas. É no Oeste que se cumpre o ciclo vida-morte-vida e onde exercitamos a entrega e o desapego.
Este é o ponto da morte e transformação. No Oeste é onde se reúnem os anciões ao redor da Fogueira do Conselho. São eles que estão sempre prontos a nos indicar o caminho para atingirmos os objetivos da nossa jornada. Esta Direção é o lugar da Morada dos Sonhos e do Silêncio. Aqui entramos na caverna de nós mesmos para procurar o Grande Mistério e encontrar as respostas para a nossa vida. E o local onde vivemos o Tempo do Urso — o hibernar — para nutrir a alma, encontrar o conhecimento e poder novamente sair para experienciar a Primavera.
É no doce território do silêncio, como alguns nativos chamam o Oeste, que aprendemos a estar abertos e a não nos prendermos aos resultados. Isso é desapego e desapego é sabedoria. E neste caminho que exercitamos a confiança que aprendemos no Sul, não nos deixando abalar pela incerteza.
Dizem as tradições xamânicas que a sabedoria, inclusive, só é alcançada quando os homens aprendem a confiar e sentir-se à vontade diante de situações desconhecidas.
Estas qualidades podem ser acessadas pela introspecção e interiorização e aí se diz que a pessoa está vivenciando o tempo do Urso. No Oeste, está sentado o Avô Urso. Ele nos traz o conhecimento das ervas e das plantas, a maneira como preservar e defender o nosso habitat natural — a Mãe Terra. Animal-guia para o conhecimento da verdade pessoal e as respostas internas, o Urso é também quem nos revela o caminho a seguir para atingir nossos objetivos.
O seu elemento é a Água (representando o nível emocional), e abriga as criaturas deste reino. A estação é o Outono — o preparativo para a grande noite, o Inverno —, e o instrumento, varetas/ossos. A cor que simboliza este ponto do Elo Sagrado é sempre o negro — a escuridão do tempo interior, onde o Avô Sol declina e o dia acaba. O pôr-do-sol é o tempo das cerimônias espirituais, quando podemos nos comunicar com o Espírito do Mundo.
Na tradição Lakota, o Oeste foi o primeiro Ponto Cardeal a ser criado e ali também é a residência dos Seres Trovões, símbolos da Criação do Mundo. E por esta porta que a maioria dos rituais do povo sioux começa, invocando-se a energia feminina da cura. É no Oeste que sentam os nossos Guias e Mestres espirituais.
Este ponto cardeal traz as energias da visão, sonhos, busca e jornada, emoções, imaginação nas artes criativas, o feminino, a autocompaixão, renovação espiritual interior, metas e coragem. Sentar-se no Oeste é buscar o conhecimento da verdade pessoal e acessar as respostas internas para as questões apresentadas pelo mundo exterior que só podem ser sacadas dentro do silencio da nossa caverna pessoal. Estas respostas revelam os caminhos a trilhar para se conseguir concretizar as metas e objetivos perseguidos durante a jornada de cada um.
O Oeste, o lugar de olhar para dentro, o local onde estão todas as respostas, foi o primeiro poder que apareceu na Busca de Visão de Alce Negro e lhe ofereceu água, dizendo que esta é a energia que sustenta e mantém a vida, mas também tem a força para destruir.
Esta Direção está relacionada com a energia feminina da Criação — o útero escuro onde ocorrem as gestações — e a sexualidade (o impulso criativo). Por isso o interior da alma onde gestamos nossas idéias e ações é comparado ao ventre fértil da mulher. Nele está o nosso futuro, ele é o lugar dos nossos amanhãs.
E porque necessitamos de fluidez para abrir mão do controle e nos entregarmos confiantemente às mudanças que advêm dos ciclos de vida e morte é que nos conectamos no Oeste com a água e suas qualidades de adaptabilidade ao meio, limpando, alimentando, curando e purificando todos nós.
O Oeste oferece o dom da coragem como o melhor caminho para superar o medo, o maior impedimento para se vivera plenitude do amor e, conseqüentemente, da Vida.
Depois de brincarmos com a nossa criança interior e (re)descobrirmos a força para a superação dos obstáculos no Sul, é no Oeste que encontramos a coragem, nos renovamos interiormente e buscamos nossas metas. É no Oeste que se cumpre o ciclo vida-morte-vida e onde exercitamos a entrega e o desapego.
Este é o ponto da morte e transformação. No Oeste é onde se reúnem os anciões ao redor da Fogueira do Conselho. São eles que estão sempre prontos a nos indicar o caminho para atingirmos os objetivos da nossa jornada. Esta Direção é o lugar da Morada dos Sonhos e do Silêncio. Aqui entramos na caverna de nós mesmos para procurar o Grande Mistério e encontrar as respostas para a nossa vida. E o local onde vivemos o Tempo do Urso — o hibernar — para nutrir a alma, encontrar o conhecimento e poder novamente sair para experienciar a Primavera.
É no doce território do silêncio, como alguns nativos chamam o Oeste, que aprendemos a estar abertos e a não nos prendermos aos resultados. Isso é desapego e desapego é sabedoria. E neste caminho que exercitamos a confiança que aprendemos no Sul, não nos deixando abalar pela incerteza.
Dizem as tradições xamânicas que a sabedoria, inclusive, só é alcançada quando os homens aprendem a confiar e sentir-se à vontade diante de situações desconhecidas.
Estas qualidades podem ser acessadas pela introspecção e interiorização e aí se diz que a pessoa está vivenciando o tempo do Urso. No Oeste, está sentado o Avô Urso. Ele nos traz o conhecimento das ervas e das plantas, a maneira como preservar e defender o nosso habitat natural — a Mãe Terra. Animal-guia para o conhecimento da verdade pessoal e as respostas internas, o Urso é também quem nos revela o caminho a seguir para atingir nossos objetivos.
O seu elemento é a Água (representando o nível emocional), e abriga as criaturas deste reino. A estação é o Outono — o preparativo para a grande noite, o Inverno —, e o instrumento, varetas/ossos. A cor que simboliza este ponto do Elo Sagrado é sempre o negro — a escuridão do tempo interior, onde o Avô Sol declina e o dia acaba. O pôr-do-sol é o tempo das cerimônias espirituais, quando podemos nos comunicar com o Espírito do Mundo.
Na tradição Lakota, o Oeste foi o primeiro Ponto Cardeal a ser criado e ali também é a residência dos Seres Trovões, símbolos da Criação do Mundo. E por esta porta que a maioria dos rituais do povo sioux começa, invocando-se a energia feminina da cura. É no Oeste que sentam os nossos Guias e Mestres espirituais.
Este ponto cardeal traz as energias da visão, sonhos, busca e jornada, emoções, imaginação nas artes criativas, o feminino, a autocompaixão, renovação espiritual interior, metas e coragem. Sentar-se no Oeste é buscar o conhecimento da verdade pessoal e acessar as respostas internas para as questões apresentadas pelo mundo exterior que só podem ser sacadas dentro do silencio da nossa caverna pessoal. Estas respostas revelam os caminhos a trilhar para se conseguir concretizar as metas e objetivos perseguidos durante a jornada de cada um.
O Oeste, o lugar de olhar para dentro, o local onde estão todas as respostas, foi o primeiro poder que apareceu na Busca de Visão de Alce Negro e lhe ofereceu água, dizendo que esta é a energia que sustenta e mantém a vida, mas também tem a força para destruir.
Esta Direção está relacionada com a energia feminina da Criação — o útero escuro onde ocorrem as gestações — e a sexualidade (o impulso criativo). Por isso o interior da alma onde gestamos nossas idéias e ações é comparado ao ventre fértil da mulher. Nele está o nosso futuro, ele é o lugar dos nossos amanhãs.
E porque necessitamos de fluidez para abrir mão do controle e nos entregarmos confiantemente às mudanças que advêm dos ciclos de vida e morte é que nos conectamos no Oeste com a água e suas qualidades de adaptabilidade ao meio, limpando, alimentando, curando e purificando todos nós.
O Oeste oferece o dom da coragem como o melhor caminho para superar o medo, o maior impedimento para se vivera plenitude do amor e, conseqüentemente, da Vida.
Norte
Este é o lugar do ancião, onde residem a sabedoria ancestral e o conhecimento sagrado. Neste ponto da Roda de Cura aprendemos como orar, e sobre o poder da oração, como revelar gratidão. O Norte traz a qualidade da abundância e fala da necessidade de o homem praticar sempre a ação correta. Para se obter a abundância, é preciso estar atento à revelação do conhecimento divino, estar em equilíbrio, ouvir a intuição e ser gentil.
O povo do Norte traz o ensinamento sobre como identificar os momentos certos para se falar ou o tempo apenas de ouvir. Honrar este ensinamento é acessar a alquimia interna inerente a cada um e encontrar o equilíbrio para manter relações corretas com todos os nossos parentes.
Este ponto da Roda de Medicina, onde senta o Avô Búfalo, abriga o elemento Ar, que representa o corpo mental do ser humano, e guarda as criaturas aladas. O instrumento é o chocalho, o mais antigo instrumento musical usado pelos curadores para ampliação da consciência e resgatar pedaços de alma. Por isso o chocalho é considerado um instrumento de limpeza e purificação.
Quando o Inverno chega, cobre a Mãe Terra com o seu manto branco (no Hemisfério Norte) e com abundância de chuvas e frio (no Hemisfério Sul). O Inverno purifica a Mãe Terra, fazendo-a repousar enquanto as suas energias são restauradas para ressurgir na beleza e nas bênçãos da Primavera. O Norte é o Inverno, o caminho das mudanças, de fins e começos.
Este ponto é representado tradicionalmente pela cor vermelha. No entanto, também pode ser o branco, como surgiu na Visão de Alce Negro. Este Avô deu a ele uma asa branca e a Sálvia. A asa simboliza o poder da clareza, paciência, persistência e coragem. A Sagrada Erva representa e traz a verdade, honestidade, força, cura para o corpo físico, limpeza e harmonia entre todos os filhos da Terra. Todos os animais brancos, revela a tradição, trazem implícitas as qualidades do Norte.
Neste ponto do Elo Sagrado, o homem precisa aprender a parar para ouvir a Mãe Terra, as criaturas e seus semelhantes, enfim, toda a Criação. É ouvindo que se pode acessar a Sabedoria. Aqui também reside o Pacificador — aquele que sabe perceber o momento oportuno para perdoar e o tempo de lutar pela verdade. Esta é outra forma de alcançar a Sabedoria.
Este é o lugar do ancião, onde residem a sabedoria ancestral e o conhecimento sagrado. Neste ponto da Roda de Cura aprendemos como orar, e sobre o poder da oração, como revelar gratidão. O Norte traz a qualidade da abundância e fala da necessidade de o homem praticar sempre a ação correta. Para se obter a abundância, é preciso estar atento à revelação do conhecimento divino, estar em equilíbrio, ouvir a intuição e ser gentil.
O povo do Norte traz o ensinamento sobre como identificar os momentos certos para se falar ou o tempo apenas de ouvir. Honrar este ensinamento é acessar a alquimia interna inerente a cada um e encontrar o equilíbrio para manter relações corretas com todos os nossos parentes.
Este ponto da Roda de Medicina, onde senta o Avô Búfalo, abriga o elemento Ar, que representa o corpo mental do ser humano, e guarda as criaturas aladas. O instrumento é o chocalho, o mais antigo instrumento musical usado pelos curadores para ampliação da consciência e resgatar pedaços de alma. Por isso o chocalho é considerado um instrumento de limpeza e purificação.
Quando o Inverno chega, cobre a Mãe Terra com o seu manto branco (no Hemisfério Norte) e com abundância de chuvas e frio (no Hemisfério Sul). O Inverno purifica a Mãe Terra, fazendo-a repousar enquanto as suas energias são restauradas para ressurgir na beleza e nas bênçãos da Primavera. O Norte é o Inverno, o caminho das mudanças, de fins e começos.
Este ponto é representado tradicionalmente pela cor vermelha. No entanto, também pode ser o branco, como surgiu na Visão de Alce Negro. Este Avô deu a ele uma asa branca e a Sálvia. A asa simboliza o poder da clareza, paciência, persistência e coragem. A Sagrada Erva representa e traz a verdade, honestidade, força, cura para o corpo físico, limpeza e harmonia entre todos os filhos da Terra. Todos os animais brancos, revela a tradição, trazem implícitas as qualidades do Norte.
Neste ponto do Elo Sagrado, o homem precisa aprender a parar para ouvir a Mãe Terra, as criaturas e seus semelhantes, enfim, toda a Criação. É ouvindo que se pode acessar a Sabedoria. Aqui também reside o Pacificador — aquele que sabe perceber o momento oportuno para perdoar e o tempo de lutar pela verdade. Esta é outra forma de alcançar a Sabedoria.
Leste
É aqui, onde o Avô Sol desperta para trazer ao Mundo a sua força, sua energia criativa e suas bênçãos e onde está o Grande Espírito, que celebramos a magia de um novo nascimento a cada dia. Neste ponto do Círculo Sagrado o Avô Águia abre suas asas para alçar vôo, trazendo as energias da iluminação, espiritualidade, novo nascimento, cura, força, comunicação, criatividade e força de vontade.
O elemento desta Direção é o Fogo que guarda o caminho do corpo espiritual. Honrar o povo do Leste é sintonizar-se com os guias que conduzem para a grandeza espiritual e a iluminação. Ali estão as criaturas do deserto e as sem pernas. A estação do ano é o Verão. O instrumento, o sino. A cor tradicional do Leste é o amarelo, mas na visão de Alce Negro, este lhe apareceu na cor vermelha (o Cachimbo Cerimonial, que representa o Poder da Paz, é tradicionalmente feito de pedra vermelha).
No Leste está a Porta Dourada, a passagem para os demais níveis de percepção, imaginação e compreensão. Esta é a última casa da Roda de Cura, por onde os espíritos e guias convidados para o trabalho acessam o círculo. Passar por este portal significa poder tocar o Pai Céu. Cruzando-o, pode-se voar nas costas da Águia até o Verdadeiro Conhecimento.
Existem muitos caminhos que levam à iluminação. Todos, porém, exigem do buscador dedicação e atenção. O primeiro deles é.o da criatividade, ou seja, o uso dos talentos que possuímos no nosso interior. O segundo, é o libertar-se dos velhos hábitos, desapegar-se daquilo que impede o seu crescimento, o que está velho e já não serve mais para nada, mas que se insiste em manter atrelado ao dia-a-dia, e transmutar os sentimentos — o medo e o veneno que inibe o amor, por exemplo —, visando a cura. O terceiro caminho e o da troca de energia. Trocar energia é não temer ficar enfraquecido, mas sim ter a confiança de que no plano universal ela é constantemente reciclada e que funcionamos apenas como filtros ou canais por onde esta energia flui.
No Leste, venera-se o Cachimbo Sagrado, assim como a Estrela da Manhã, a luz que brilha na escuridão do fim da noite, iluminando os caminhos e dando suporte aos buscadores, além de guiança e amor para aqueles que procuram andar em confiança e em verdade. Representa a luz que clareia a consciência.
No Arco Sagrado, é para esta Direção que se dirigem os que partem para a Busca da Visão (um dos sete rituais sagrados), procurando o poder dos sonhos e a orientação espiritual. É no Leste que encontramos o auxílio necessário para fazer a conexão com o mistério de quem somos e a expressar o nosso ideal de vida.
Prece para a Grande Família Honrando as nossas relações
(uma antiga oração Mohawk)
A nossa gratidão para a Mãe Terra que navega segara no dia e na noite e para o seu rico, raro e doce solo.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão para as Plantas, para as folhas de colorido mutante e para as raízes sinuosas que permanecem quietas no vento e na chuva ou dançam na ondulação espiralada tias sementes.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
Gratidão para o Ar que sustenta a suave andorinha e a silenciosa coruja ao amanhecer de um novo dia, como o sopro das canções e a brisa do claro espírito.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão para os seres selvagens que são também nossos irmãos, que nos ensinam os mistérios e os caminhos da liberdade e compartilham conosco das suas vidas, com coragem e beleza. Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão para a Água das nuvens, dos lagos, dos rios e das geleiras, cristalizada ou liquefeita, fluindo alegre através de nossos corpos as suas marés salgadas.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão para o Sol que nos acorda ao amanhecer, luz que pode cegar, brilho que pulsa através dos troncos das árvores, clareia as neblinas e tremeluz nas grutas quentes onde dormem os ursos e as serpentes.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão ao Grande Céu que guarda em si bilhões de estrelas e que vai além de todos os pensamentos e poderes e, no entanto, faz parte de nós. Avó Espaço, a Mente é a sua companheira.
Que seja assim nos nossos pensamento.
Fonte: Livro Magia Xamânica - Derval Grmacho e Vitória Gramacho
É aqui, onde o Avô Sol desperta para trazer ao Mundo a sua força, sua energia criativa e suas bênçãos e onde está o Grande Espírito, que celebramos a magia de um novo nascimento a cada dia. Neste ponto do Círculo Sagrado o Avô Águia abre suas asas para alçar vôo, trazendo as energias da iluminação, espiritualidade, novo nascimento, cura, força, comunicação, criatividade e força de vontade.
O elemento desta Direção é o Fogo que guarda o caminho do corpo espiritual. Honrar o povo do Leste é sintonizar-se com os guias que conduzem para a grandeza espiritual e a iluminação. Ali estão as criaturas do deserto e as sem pernas. A estação do ano é o Verão. O instrumento, o sino. A cor tradicional do Leste é o amarelo, mas na visão de Alce Negro, este lhe apareceu na cor vermelha (o Cachimbo Cerimonial, que representa o Poder da Paz, é tradicionalmente feito de pedra vermelha).
No Leste está a Porta Dourada, a passagem para os demais níveis de percepção, imaginação e compreensão. Esta é a última casa da Roda de Cura, por onde os espíritos e guias convidados para o trabalho acessam o círculo. Passar por este portal significa poder tocar o Pai Céu. Cruzando-o, pode-se voar nas costas da Águia até o Verdadeiro Conhecimento.
Existem muitos caminhos que levam à iluminação. Todos, porém, exigem do buscador dedicação e atenção. O primeiro deles é.o da criatividade, ou seja, o uso dos talentos que possuímos no nosso interior. O segundo, é o libertar-se dos velhos hábitos, desapegar-se daquilo que impede o seu crescimento, o que está velho e já não serve mais para nada, mas que se insiste em manter atrelado ao dia-a-dia, e transmutar os sentimentos — o medo e o veneno que inibe o amor, por exemplo —, visando a cura. O terceiro caminho e o da troca de energia. Trocar energia é não temer ficar enfraquecido, mas sim ter a confiança de que no plano universal ela é constantemente reciclada e que funcionamos apenas como filtros ou canais por onde esta energia flui.
No Leste, venera-se o Cachimbo Sagrado, assim como a Estrela da Manhã, a luz que brilha na escuridão do fim da noite, iluminando os caminhos e dando suporte aos buscadores, além de guiança e amor para aqueles que procuram andar em confiança e em verdade. Representa a luz que clareia a consciência.
No Arco Sagrado, é para esta Direção que se dirigem os que partem para a Busca da Visão (um dos sete rituais sagrados), procurando o poder dos sonhos e a orientação espiritual. É no Leste que encontramos o auxílio necessário para fazer a conexão com o mistério de quem somos e a expressar o nosso ideal de vida.
Prece para a Grande Família Honrando as nossas relações
(uma antiga oração Mohawk)
A nossa gratidão para a Mãe Terra que navega segara no dia e na noite e para o seu rico, raro e doce solo.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão para as Plantas, para as folhas de colorido mutante e para as raízes sinuosas que permanecem quietas no vento e na chuva ou dançam na ondulação espiralada tias sementes.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
Gratidão para o Ar que sustenta a suave andorinha e a silenciosa coruja ao amanhecer de um novo dia, como o sopro das canções e a brisa do claro espírito.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão para os seres selvagens que são também nossos irmãos, que nos ensinam os mistérios e os caminhos da liberdade e compartilham conosco das suas vidas, com coragem e beleza. Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão para a Água das nuvens, dos lagos, dos rios e das geleiras, cristalizada ou liquefeita, fluindo alegre através de nossos corpos as suas marés salgadas.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão para o Sol que nos acorda ao amanhecer, luz que pode cegar, brilho que pulsa através dos troncos das árvores, clareia as neblinas e tremeluz nas grutas quentes onde dormem os ursos e as serpentes.
Que seja assim nos nossos pensamentos.
A nossa gratidão ao Grande Céu que guarda em si bilhões de estrelas e que vai além de todos os pensamentos e poderes e, no entanto, faz parte de nós. Avó Espaço, a Mente é a sua companheira.
Que seja assim nos nossos pensamento.
Fonte: Livro Magia Xamânica - Derval Grmacho e Vitória Gramacho